Sentido!

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009 às 21:17


Coitados dos soldados guardiães do Palácio em Praga. Como seus primos distantes em Londres, além de terem que ficar parados iguais estátuas a postos em frente suas "casinhas", têm que aguentar o assédio da mulherada e da velharada que não pode deixar de tirar uma foto com o moço de farda.


A diferença entre os de Praga e os de Londres vai muito mais além do mero figurino. Os tchecos não são tão concentrados e com cara de paisagem como os ingleses. Eles até olham para a câmera!



Como vocês podem ver no vídeo, uma foto com o rapaz é muito disputada. A japa mesma, coitada, não sabe se vai, se espera, se desiste ou se entra na frente da foto dos outros.


Romênia em movimento

domingo, 6 de dezembro de 2009 às 04:41

Bem, hoje posto aqui um dos vários vídeos que sempre faço dos lugares em que vou. A "bola da vez" é a Romênia e as três cidades em que fui: Bucareste, Bran (onde está o castelo em que nasceu Vlad, quem inspirou o Conde Drácula) e Braşov, capital da lendária e fantasiosa região da Transilvânia.

Como vocês poderão perceber, há muita coisa a se fazer no país: seja em nível de infraestrutura, seja em nível cultural. O país parece preso às correntes do socialismo, tão pesado como o Palácio "quadradão" construído na década de oitenta pelo então governante-ditador e que hoje é, simplesmente, o maior prédio civil do mundo.

Senhoras e senhores, com vocês, meu olhar sobre a Romênia...


A sem noção da vez: dentro do Louvre

quarta-feira, 25 de novembro de 2009 às 22:46

Sabe quando você fica horas esperando pra tirar uma foto de um monumento, de uma estátua, de um prédio, de uma praça e, quando o cenário está do jeitinho que você tanto esperou, você clica e... entra um sujeito (ou sujeita, no caso) no enquadramento, estragando todo o seu esforço?

Pois é! Prefiro nem comentar o que passa na minha cabeça nessa hora!

Como maneira de extravasar todo sentimento com relação àqueles que não se contentam em enfiar no meio da sua foto uma, duas ou quinhentas vezes, tenho um método infalível: mire a câmera bem na cara do infeliz e "flash"! (Ele não vai mais te atormentar... hehehe)


A "Robert" do dia foi essa sem noção dentro do Louvre.

"Oh tia, tava desorientada, né!? Andando em zigue-zague na frente da minha câmera, né!? Então tá aí, sua carinha para o mundo te conhecer, já que queria tanto sair nas minhas fotos!" :D

O trem fantasma

terça-feira, 24 de novembro de 2009 às 22:52

Pensando em ir a Bucareste, capital da Romênia? Portanto, prepare-se para o transporte público.

Vai de táxi, Angélica? Então, primeira coisa: somente peque táxi em porta de hoteis (preferencialmente aqueles chamados pelos recepcionistas, ou em frente a algum shopping que tenha um ponto "oficial"). Não se esqueça de checar nos táxis o preço por cada quilômetro andado. Sim, porque não há uma tabela oficial para todos eles. Alguns cobram 1,75 lei outros 1,95 lei, e assim por diante.


Agora... vai de metrô? Bom. Então se prepare, porque alguns trens são bem cuidados assim! Olha que lindo!! Olha a "arte popular" expressa "livremente" após anos de regime ditatorial!!


Medo de andar? Imagina... têm coisas piores que te assustarão muito mais pela cidade afora...

Igual à Brasília...

sábado, 21 de novembro de 2009 às 23:23

Bom, após loooooooooongo e tenebroso outono na Europa, volto a postar e a dar vida a este blog que já estava meio mortinho. E hoje vou mostrar a foto do primeiro lugar que, ao chegar em Budapeste, bati o olho e que já de cara me fez apaixonar pela cidade.


O parlamento húngaro é um escândalo! (Aliás, Budapeste é um escândalo...) Com sua arquitetura impecável à beira do rio Danúbio, este prédio talvez tenha como único concorrente o parlamento em Londres.


Seja de dia, seja à noite, o prédio tira o fôlego e capta o olhar de todos os que por ele passam, ainda que com uma sensação térmica de -4º, como no meu caso...

Just shocked!

sábado, 31 de outubro de 2009 às 16:48
Em paises cuja lingua mais parece um codigo para voce, nada melhor que sintonizar a tv em canais de videoclipes. Aqui, na Polonia, ha um canal chamado "Trace", que na verdade nem sei se eh um canal nacional daqui.

Mas o relevante eh o seguinte: em videoclipes cujas cenas sao "atentadoras ah moral e aos bons costumes" a imagem eh propositalmente embacada para nao se ver o que se passa.

Entao, assistir aos videos da Lady GaGa eh uma diversao so! Quando ela beija duas pessoas ao mesmo tempo: imagem distorcida! Quando tem sangue: imagem embacada! Quando alguem passa a mao por partes, digamos, mais intimas de outrem... Tcharam!!! Mais nebulosa ainda!!

Viva a censura, gente!! Viva a "queda" do autoritarismo pelas bandas de cah!

Em Warszawa

às 12:58
Finalmente em Varsovia. O que a cidade tem de demais? Nada.

Cracovia, a primeira capital do Reino por 600 anos, eh muito mais rica culturalmente, alem de ter 2 das mais maravilhosas igrejas que ja visitei.

Agora sao exatamente 4 horas da tarde e a cidade estah morta. O peso do comunismo eh facil de sentir nas ruas da cidade. Predios quadradoes, pessoas idem, e com um ar mal cuidado, faz desta capital da Europa talvez a que menos se pareca com o proprio continente estrelado.

Pense duas vezes

terça-feira, 27 de outubro de 2009 às 19:09
Em Praga, pelo penultimo dia. Tenho tanta coisa para falar da cidade, mas nem sei por onde comecar. Talvez gaste uma eternidade de posts para descrever as experiencias por aqui. Mas nao se enganem: Praga nao eh a maravilha que sua tia ou o seu vizinho disse ser (talvez por nao terem ido a Budapeste, Viena, Londres ou Berlin antes).

A cidade eh suja, cheira ah prostituicao, com um bando de gente mal encarada nas ruas, fora a abordagem explicita nos principais pontos turisticos de sujeitos oferecendo sexo, jogatina e sei lah mais o que...

Fora duas outras coisinhas: a cidade nao tem nada de barato, muito antes pelo contrario, alem dos nativos serem absurdamente truculentos, grosseiros e com nenhuma paciencia para explicar nada. Se te dao uma informacao com o ingles que Deus lhes deu, e voce nao entende e pede para repetir, pode preparar para a "bufada" que a criatura vai dar ao te responder mal criadamente de novo. E eu que achava que os argentinos eh que eram meio grosseiros...

O que Praga tem que outras cidades nao tem? Nao sei. Juro! Aqui tem o rio Vlatva, que nao chega aos pes do Danubio. Tem o Museu Nacional cuja arquitetura nem da pra comparar com, por exemplo, o Congresso Argentino - o predio de nossos hermanos ganha disparado. Tem o castelo e seu complexo que seria ate covardia compara-lo com o similar estonteante em Viena. Ah, e tem a tal Ponte Carlos com umas estatuas sujas e nem tao bem esculpidas; nada que se aproxime da Alexandre III de Paris. E assim continua...

Alem do mais, o povo nao tem a beleza dos romenos, a simpatia e receptividade dos hungaros, nem a competencia dos vizinhos alemaes.

Entenderam como eh essa praga?

Em München!

sexta-feira, 23 de outubro de 2009 às 18:33
Bom, estou agora em Munique, capital da rica e encantadora regiao da Baviera, ou Bavaria, como queiram. O frio deu uma "melhorada". Na verdade o fato de nao ventar muito por aqui ja ajuda muito!!

Hoje perdi meu celular! Ou seja, as fotos que estava postando por ele agora terao que esperar o Brasil para aparecerem por aqui. Ontem tirei o dia para ir ao encantador Castelo de Neueschwanstein, na cidadezinha de Schwangau, proxima a Munique. Este castelo, inclusive, foi o que inspirou o famoso castelo da Disney.

Confesso que e impressionante, mas nada me impressionou aqui na Alemanha como a Residenz, onde era a sede do reino da Baviera: comparavel com ele, so o Palacio de Versalhes.

Bom, por hoje e so! Sem imagens, mas ao menos com sinal de fumaca! :D

No interior húngaro

terça-feira, 13 de outubro de 2009 às 07:44

Acabei de tirar essa foto na pequena cidade de Eger. Está uns 2 graus, com uma sensação térmica de não quero nem imaginar... Melhor que a sauna que deve estar por aí... A cidade é muito conhecida por produzir vinhos desde a invasão turca, além de suas belas igrejas barrocas. Uma das torres pode ser vista na foto abaixo.


Han!?

às 07:44

Em Sófia, após passar pela terra dos ciganos

segunda-feira, 12 de outubro de 2009 às 13:49

A Romênia tem muitos defeitos: de infraestrutura à educação e boa vontade do povo... Mas, enfim, depois dou mais detalhes. Já estou na Bulgária e o prédio abaixo é um prédio do poder judiciário... Só não descobri ainda se se trata da Suprema Corte da Bulgária.

A capital tem contrastes interessantes: suas ruas muito estreitas, com prédios públicos imponentes. Um povo bem vestido, embora não bonitos como os romenos. Mais simpáticos, mas só quando o assunto não seja te atender em uma loja...


Primeiras impressões de um país que cresce e se moderniza, enquanto sua vizinha, Romênia, se afoga em seu próprio passado.

update:
Sim, o prédio da foto trata-se da Suprema Corte Búlgara.

Em Braşov!

domingo, 11 de outubro de 2009 às 08:25
Olah a todos! Estou nada mais nada menos que na Transilvania! Acabei de ir ao Castelo do Dracula, que eh em um lugar muito lindo, na cidadezinha de Bran. Depois teremos fotos!! Brasov eh uma cidade linda aqui da Romenia, uma cidadezinha historica muito fofa!

Quanto a Bucareste, a cidade tem cheira ao comunismo, seja nos predios publicos, seja na maneira mal-humorada e pesada do povo. Estive no Palacio do Parlamento, que eh o maior predio civil do mundo. Eh simplesmente impressionante a arquitetura e a decoracao interna: algo que nem vi na Franca. Indescritivel!

Bom, por agora eh soh! Depois, mais noticias! La Revedere! Ou ateh mais, como se diz por aqui!!

Ouviram do Ipiranga...

quinta-feira, 8 de outubro de 2009 às 17:59

Olhe bem no centro da foto abaixo... Quem é? Isso mesmo, Vanusa em carne, osso e "labirintite"... Gente, isso não explica muita coisa? Vanusa indo pra Amsterdã no meu voo? por que será que ela cantou o hino daquele jeito? Ah, sim, deve ter sido o remédio para labirintite... Não viu a performance da minha companheira de vôo? Então joga "hino nacional Vanusa" no youtube e boa diversão!


Zarpando pra terra do Vlad...

às 17:37

Aqui em São Paulo está um tempo feio de doer... Esse aí em baixo é o avião da KLM no qual embarcarei em minutos para Amsterdan e, de lá, para a Romênia.

Até agora tudo bem, tirando meu sono e um bando de gente bêbada e com cara de drogado em minha frente e ao redor aguardando o vôo... Por que será que o vôo vai, assim, estar "tão" bem freguentado...?

Cruz Vermelha

quarta-feira, 7 de outubro de 2009 às 18:57
Estou aqui, arrumando as malas para a próxima. Como havia prometido a vários posts atrás, hoje vou dizer o que sempre levo e considero indispensável em uma viagem quando o assunto se refere a medicamentos e assemelhados.

Primeiramente: não banque o irresponsável. Não é porque um amigo falou que é bom ou porque você leu em um blog por aí que "tal" remédio é bom que você vai enfiar a cara nele. Ao invés de parecer ser uma solução, pode se tornar uma dor de cabeça em um país em que as pessoas não falam sua língua, ou nem você a delas. Escutem a voz da experiência... Isso já aconteceu comigo no Chile (outro dia conto).

Seguro de saúde? In-dis-pen-sá-vel. Ao fazer uma viagem, já tome em consideração o preço do seguro de saúde. "Ah, tá caro, não vou fazer...". Ah, não? Então não viaje! Ou corra o risco de gastar 10, 20 vezes mais caso precise de algo. Dica: quase todos os cartões de crédito, quando usados para adquirir integralmente a passagem, expedem o seguro de saúde. Entre em contato com sua administradora de cartões. Do contrário, vá a alguma agência de viagem e providencie por sua própria conta. Quando viajo de milhas, sempre vou à Tam Viagens para fazer meu seguro.

Três: toma algum remédio de uso contínuo? Então pode providenciar uma receita médica com a descrição da substância, a quantidade e quantas vezes ao dia para que você não tenha a surpresa de tê-lo barrado quando da entrada ou saída de algum país.


E no mais? Bom, no mais, faça sua própria "farmacinha". Sempre levo o seguinte: um remédio para minimizar os efeitos da gripe (no meu caso, me dou bem com o Resfenol), um "engana-gripe" (Aspirina C-Efervescente), um antinflamatório, um antitérmico, um analgésico, algum medicamento tópico para dores musculares, já que caminhar muito pode ter seu preço (Cataflan, ou seus genéricos, podem ser bastante úteis), Band-Aid, anti-histamínico (preferencialmente algum que você já tenha alguma familiaridade), algum remédio para possíveis dores de garganta/faringite (gosto do Flogoral), para enjoo (prefiro o Plasil, que não dá sono), algo para aftas, sobretudo se você já tem tendência ou vai para locais cujos hábitos alimentares são muito diversos do seu natal (Omcilon Orabase), um para dores abdominais (Buscopan, que nos países vizinhos pode ser encontrado com o nome de Buscopina) e, acreditem, Hypoglós (que é ótimo para aqueles que, dormindo pouco, acordam parecendo um urso panda de tanta olheira: nada como passar um pouquinho debaixo dos olhos antes de dormir e acordar no outro dia parecendo que dormiu uma eternidade; afinal, quem quer sair com cara de cansado nas fotos?).

Bom, acho que é "só"...

Será que eu sou hipocondríaco!? Ou só precavido? Ou os dois?

Quem mora no rio é peixe?

segunda-feira, 5 de outubro de 2009 às 13:03
Depende do rio... Se for no de Janeiro moram peixes de várias espécies cujos nomes prefiro não mencionar (é um "blog família", digamos...). Mas mora também uma galerinha bem gente boa no entorno de um dos futuros protagonistas das Olimpíadas de 2016.


O estádio do "Engenhão", fica em uma região muito "nobre" da cidade, tão nobre que você tem até medo de andar por lá... Colete à prova de bala!? Recomendo, recomendo sim...


Ah, claro, mas me esqueci! Na época dos Jogos Panamericanos em 2007, (quando, inclusive, tirei essas fotos), bem como será nas Olimpíadas, as forças armadas cumprem seu papel. Fazem de tudo para os turistas se sentirem seguros e nem ver rastro de pobreza, violência ou tóxicos.


Do contrário, boa sorte! Vá lá conhecer o "Engenhão" por agora - após ter andado em um dos confortáveis, cheirosos e vazios trens que saem da Central do Brasil - e, se voltar, nos conte sua aventura na selva...

Imagine se fosse um rio?

quarta-feira, 30 de setembro de 2009 às 10:34
Como já disse anteriormente, a Suíça parece com seu famoso queijo: toda recortada e furadinha por seus inúmeros ora gigantescos, ora menores, lagos de água cristalina oriunda do degelo da neve dos Alpes.

Em Lucerna, não poderia ser diferente com o Lago que leva o nome da cidade. Mas repare no vídeo abaixo: alguém toparia entrar nesse lago tão "calmo" para se refrescar em um dia muito, muito quente, como, aliás, os próprios suíços costumam fazer?

O caça-beijos

terça-feira, 29 de setembro de 2009 às 23:58
Todos vão concordar comigo: há "beijos", e "beijos"...

E quando o assunto é Rodin, isso pode confundir sua cabeça.

Quando estive em Buenos Aires pela primeira vez, fui ao imperdível Museu de Belas Artes, entre o imponente prédio da Faculdade de Direito da Universidade de Buenos Aires, e o atrativo Buenos Aires Design, na região da Recoleta. O Museu, um prédio pintado externamente por forte tom quente, guardava, para mim, uma surpresa que não imaginava.



Percorrendo as salas, em um momento, deparei-me com a estátua acima. E nela encontrava-se a seguinte placa: "O beijo - Auguste Rodin". "Gente...", pensei eu, "como assim!?". Logo fui perguntar para a mocinha que tomava conta da sala: "Essa escultura é original, é do Rodin?". E ela, gentilmente, e mais que depressa, soltou: "Sí, claro...". Fiquei em estado de choque. Nunca, jamais, imaginaria que a famosa peça de Rodin estaria aqui, do ladinho, na nossa irmã Argentina.

Três anos depois, em Paris, lá fui eu ao Museu Rodin. E quem eu encontro lá!? Sim, sim...: o Sr. "O Beijo". Aí, claro, mil hipóteses começaram a borbulhar: "Será que a peça em BsAs era emprestada daqui?". "Será que a peça de Paris é que veio emprestada de BsAs, já que lá, em BsAs, havia uma plaquinha que dizia, inclusive, que aquela peça tinha sido uma doação do próprio Rodin para o Museu argentino?".

Recusei-me perguntar se a peça da foto abaixo era a "original" no próprio Museu do artista. Consigo, às vezes, controlar minha curiosidade para não me expor ao ridículo.



Mas o mistério somente foi solucionado quando retornei a Buenos Aires no ano passado. Indignado com essa situação toda, lá fui eu pro Museu de Belas Artes e, tcharam!, quem estava lá paradinha, me esperando sem nem mover um dedinho!?

Aí não resisti: manota, por manota, melhor em um Museu não especializado no artista... Fui lá me inteirar do assunto.

Moral da estória: a peça que se encontra no Museu argentino foi doada, sim, por Rodin à Argentina, da mesma maneira que a de Paris é "a" famosa escultura. A diferença é que a da nossa vizinha foi um estudo feito pelo artista para, posteriormente, esculpir a definitiva que se encontra em sua terra natal.

"Aaah, bom!", então eu não estava ficando maluco! ;)

Festival abençoado

sábado, 26 de setembro de 2009 às 12:45
Em julho, Avignon é uma festa só. Palco de um dos mais tradicionais festivais de teatro do mundo, a cidade se torna um local de peregrinação para os adoradores das artes cênicas e também para os curiosos de plantão. Dica básica: se quiser passar por lá nessa época do ano é bom que seja esperto e já reserve o hotel ontem!


Nas ruas desta cidade, que já foi, inclusive, sede de Papados, você constantemente se pega perguntando se isto é uma cidade ou um formigueiro, ou os dois...



A própria panfletagem, em que os próprios artistas vão pro corpo-a-corpo com os turistas tentando convencê-los de assistirem suas produções, já é um espetáculo. Duvida? Então confira os vídeos e depois me diga! Além disso, toda a cidade fica completamente tomada por cartazes e mais cartazes das peças e montagens que estão prestes a acontecer por ali.



Mas não interessa: o astral do lugarejo é muito gostoso, e nem precisa você querer ir assistir a qualquer apresentação, porque algumas delas acontecem ali mesmo, no meio da rua, e é impossível passar por elas e não ficar parado admirando.


E o mais gostoso de tudo, é que os atores e atrizes, não se incomodam com o fato de você filmar, tirar foto, ou brincar com eles! Muito antes pelo contrário! É quase que uma desfeita não tirar foto da personagem quando ela tá ali, fazendo pose para você!


Nada mais nostálgico que voltar a sentir o gostinho da infância sabendo, agora, que ele é muito bom - e raro!

Sí! Nosotros tenemos nuestra Colombo!

sexta-feira, 25 de setembro de 2009 às 13:36



Na minha última passada por Buenos Aires fiz um programa que até então não tinha: ir à confeitaria Las Violetas. É simplesmente imperdível! Para os amantes de deliciosos e açucarados quitutes que vagarosamente vão derretendo em sua boca, lá é o paraíso. E se você não gostar de doces?



Ah... mas certamente você deve gostar de croissants, ou de chocolate quente, ou de chá, ou de um cheiroso café, ou de maravilhosos mini-sanduíches que vêm em gigantesca abundância quando se pede um "menu degustação" completo.



Satisfeito? Mas guarde ainda um espacinho para os bolos em miniatura, pequenas obras primas, que também acompanham o "kit". Espia só!





Fiquei chocado. Primeiro pela beleza dos vitrais (da arquitetura, nem tanto). Depois pela fartura que nem nos mais tradicionais chás ingleses costuma-se ver. E detalhe, com uma qualidade e capricho de deixar qualquer inglês a ver...


Os sons de Reykjavík

quinta-feira, 24 de setembro de 2009 às 23:36
Embora seja a terra da Björk (cuja forma correta de pronunciar, segundo os nativos, é bi-ôrk, com o "r" tremido), os sons aos quais me refiro aqui são bem distintos.

A imponente Igreja Luterana na capital islandesa apresentava, quando da minha ida ao local, uma série de canções tocadas no gigantesco órgão que há em seu interior. Órgão é um instrumento musical que não me permite ficar apático quando ouço seus acordes. É simplesmente emocionante. Aqui, um pouquinho desse barulhinho bom, em um cenário pra lá de futurista.



Também fiz questão de registrar o artista a tocar. Ele ficava horas nesse banquinho, afinando e ajustando seu instrumento musical.




Como vocês puderam constatar, trata-se, literalmente, de só alguns acordes, porque era só eu começar a filmar que o sujeito parava de tocar... Mas, pelo menos, deu pra sentir o gostinho, não!?

Não pense... Faça!

quarta-feira, 23 de setembro de 2009 às 12:34
Edimburgo tem seus cantos e encantos. Se você estiver pensando em passar alguns dias na Escócia, esta é uma boa pedida! A cidade, muito montanhosa, exige dos que pisam por lá uma disposição especial. Nada que os magrinhos e em forma não tirem de letra!

A grande maioria das pessoas que escutam falar de Edimburgo logo trazem à memória o seu famoso castelo, palco de guerras, traições e paixões. Mas hoje não vim falar disso, mas sim de um dos lugares que mais me encantou na capital escocesa.



O monumento a Walter Scott, em plena Princess Street, me chamou a atenção assim que desci do ônibus que faz o serviço de "Airport Express", ligando o Aeroporto de Edimburgo ao centro. É impossível passar pelas bandas de lá e não ver aquela torre meio gótica, e encardida, como todos os prédios dali.

Cheguei à noite, após ter "escalado" em Londres, e de ter aguardado cinco horas pelo voo, no Aeroporto de Heathrow, sendo que dessas cinco, uma hora foi especialmente dedicada ao atraso da British Airways. Sim, eles também atrasam! A diferença é que lá é exceção. E aqui, regra...



Após mais de 20 horas viajando, pensei que chegaria e cairia na cama. Mas foi impossível! Ver Edimburgo toda iluminada, em uma noite sem chuva, foi um imediato convite para passear pelas ruas acidentadas e sinuosas. Claro que existiam milhares de sujeitos bêbados pelas ruas... Edimburgo é tipo uma Amsterdan do whisky, se é que vocês me entendem...



Além disso, como se pode ver acima, existem algumas "quebradas" que são de botar medo nos mais inseguros, ou de aflorar a criatividade dos mais ousados...

Bom, voltando ao assunto do dia, temos ao fundo, a pontinha do monumento a Sir Scott.




Todos os que conhecem Edimburgo também sempre falam do Calton Hill, de onde se pode, do seu topo, avistar toda a cidade. Ok... A vista de lá é até legal, mas nada que se compare a subir os "quatro andares" do Walter Scott Monument, no meio da cidade, e ficar admirando, lá do alto, os canteiros de flor, os casais em lua de mel, como os que por lá encontrei, e o castelo no topo do morro, como na foto abaixo.




Nem pense em não subir! Após míseros 287 apertados degraus, e uma vez lá no alto, não se esqueça de fechar os olhos e sentir a brisa do verão, ou o gélido vento do inverno. E, neste caso, vá muito agasalhado...

That is so cool!!

terça-feira, 22 de setembro de 2009 às 15:11
Um dos amigos me disse sobre esse vídeo. "Ah", pensei, "deve ser legalzinho...". Mas ele é muuuiiito legal! Ao melhor estilo T-Mobile + Pink em Trafalgar Square, Londres, este aqui forma outra dobradinha, só que em Chicago: Oprah + Black Eyed Peas (com uma mãozinha da própria T-Mobile!).

Play it and get your feeling! ;)



Ps: Adoooro os gritinhos e a empolgação da Oprah!!

É Natal!

segunda-feira, 21 de setembro de 2009 às 22:11
Em uma das andanças por Paris, fui parar no Musée d´Orsay: o templo sagrado do impressionismo. Mas não só dos impressionistas vive o d´Orsay. Esculturas, lindas, e outras inusitadas, são presenças contrastantes e vivas em meio a tantas telas de impressionantes movimentos...


Especialmente no térreo, onde é possível se deparar com um hall, e corredores, repletos de leveza e suavidade esculpidos em pedras.

Das esculturas, uma atraiu minha especial atenção. Quem o nosso amigo da foto abaixo te traz à memória?


Não adivinhou? Imagine ele agora com um gorro vermelho e um bom velhinho por perto...

Vá pro banho, menina! Agora!!

sexta-feira, 18 de setembro de 2009 às 11:17
Os moradores de Montevidéu se orgulham de sua terra. Esta é a cidade que nos últimos anos vem sendo considerada como a de melhor qualidade de vida da América Latina.

Na verdade, Montevidéu é uma capital pequena. E o seu tamanho é inversamente proporcional ao descuido visual de sua principal avenida, a 18 de Julio, que vai ligar o Monumento ao Gaúcho à "Plaza Independencia".


A Avenida 18 de julho tem um "quê" de centro comercial das cidades do interior do Brasil, ou até mesmo de algumas capitais (Belo Horizonte que o diga...). Prédios até muito bonitos: do período colonial ao estilo neoclássico, de tudo se encontra nesta parte da cidade. Pena é que é impossível vê-los, já que tamanha é a quantidade de outdoors, faixas, placas e outras formas de poluição visual.


Além disso, a Avenida é, "paradoxalmente, sem vida"! As construções parecem que se encontram todas pintadas com tintas cuja escala de tons variaria do ocre ao cinza...



Ok, ok... Eu sei que se trata do centro, e comercial ainda por cima. Mas nem por isso há que ser tão mal cuidada, uma vez que "água, sabão, tinta e boa vontade" poderiam transformar aquele lugar em um dos mais agradáveis da capital uruguaia.

Para contribuir com esse estranhamento, as ruas que cortam a Avenida não são nada largas, o que cria a sensação de abafamento, de clausura.


Ou seja: vá, conheça e não fique! Há outras coisas mais interessantes para se fazer por lá...

Aceita café!?

quinta-feira, 17 de setembro de 2009 às 19:11
Muitos dos ótimos momentos de uma viagem acontecem através do inesperado, do não calculado, ou do sequer imaginado. Não que seja dispensável um excelente planejamento de onde ficar, para onde ir, de atividades alternativas em razão do clima, etc... Mas é muito bom se abrir para as surpresas que o desconhecido pode lhe proporcionar.



Em Belfast, capital da Irlanda do Norte, deparei-me com uma dessas surpresas. Caminhando contra o vento (e que vento!), deparei-me em um dos calçadões da região central, e comercial, com um café. Na entrada, a placa: Café Vaudeville. "Hum, simpática a entrada!", pensei. E, então, resolvi entrar...



Putz! O lugar é simplesmente maravilhoso, e o pior de tudo é que eu já tinha acabado de almoçar. Ah, sim, claro, porque eu só me deparo com esses lugares-surpresa após já ter sido gastronicamente satisfeito.



Mas sentar ali, pedir uma água com gás, e alguns capuccinos, não iria fazer mal a ninguém... Bom que o tempo passava, eu checava o que eu tinha que fazer para o dia seguinte (já que eu iria para a Islândia), anotava algumas ótimas recordações no meu "diário de bordo" (depois falo dele para vocês), e tirava muitas fotos, claro... Várias!



Sendo uma "mistura que deu certo", a decoração do café é sensacional! Espelhos, palmeiras em vasos gigantes, plantas, camelos entalhados em madeira e lustres muito interessantes, deveriam fazer daquele ambiente um lugar imperdível à noite, uma vez que a iluminação deve ser um show à parte.

Pena que não deu pra ver... Mas quem sabe um dia eu volto? Quem quer ir comigo!?

**Endereço: Café Vaudeville: 25 - 39 Arthur Street, Belfast.

Aerop´arte

quarta-feira, 16 de setembro de 2009 às 12:43
Aeroportos geralmente são chatos para quem não gosta de voar. Afinal de contas, para os que têm algum receio de escutar da cabine do avião a famosa frase "Tripulação, decolagem autorizada!", os aeroportos não passam de um local em que ficam tentando controlar sua angústia e seu medo de "bater asas" e voar.

Como eu já adoro Santos Dumont e sua grande invenção, e adoro também explorar os aeroportos pelos quais passo, não poderia perder a oportunidade de descobrir, inclusive, interessantes peças de arte que para a grande maioria poderiam até passar desapercebidas (afinal de contas, além dos receosos, há os atrasados, os "desligados", os "lesados", os compradores compulsivos em duty free e muuuitas outras variantes...).



A instalação que aqui apresento está no Aeroporto de Heathrow, em Londres, no Terminal 5, de onde somente saem voos da British Airways. Deparei-me com ela quando esperava meu voo de Londres para Edinburgo.

Localizada na "pequenina" sala de embarque do Terminal 5, esta peça é hipnotizante: é definitivamente impossível passar por ela, não percebê-la e, em percebendo, não ficar ali admirando as mais variadas formas e movimentos que fazem você se desligar de tudo e de todos à sua volta. Duvida!? Então confiram o vídeo aqui!

Só uma dica: caso perca seu avião só não vale depois, por favor, culpar as "lantejoulas" gigantes pelo seu excesso de atenção (nelas, claro...)!

Uma Capela Divina

terça-feira, 15 de setembro de 2009 às 18:42
Um dos lugares imperdíveis para os "parisienses" de primeira viagem é a Saint Chapelle. Situada na Île-de-France, no miolinho de Paris em uma ilha fluvial no meio do Sena, a Sait Chapelle é encantadora. No dia em que fui estava uma chuvinha chata em um dia frio e cinzento, totalmente sem graça. Mas nem me lembrei desses detalhes após ter entrado na capela.


Primeiro acontecimento inusitado: estava na fila e veio um "bando" de brasileiros conversando altíssimo com a seguinte conversa: "Fulaninha, será que a fila é essa aqui pra entrar? Ah, será!? Vai lá e pergunta, Fulana! Ah, eu não. Que saco, então eu vou!". Aí chega uma sujeita pra mim e faz a pergunta que não acreditei: "La filê é aqui?". Isso mesmo, a esperta achou que algum ser na face da Terra ia entender que filê seria fila. Neste dia eu sacaneei: virei pra tiazinha e falei: "Pardon!" (como do tipo: não entendo seu dialeto... risos...).


Muito bem, passado esse "evento", entrar na Capela é uma sensação indescritível. A parte inferior da capela (foto abaixo) era destinada para a frequência dos mais pobres, enquanto a parte mais maravilhosa de todas, claro, era para os nobres e endinheirados exercerem a fé.



Bom, confesso, não sei se há como concentrar e rezar dentro de um lugar maravilhoso desses. Todas as "paredes" são vitrais, que fazem do "salão" da capela um mosaico de cores que se misturam, refletindo no chão, nas paredes, e nas pessoas, borrões não identificáveis de certos tons antes jamais vistos.


Os vitrais contam a história da Bíblia, passo a passo. Um ponto em destaque era a parte referida à Santa Ceia, que ficava bem centralizado, ao alto e atrás do altar. Ali era impossível não identificar Jesus, o pão e os apóstolos.


Poderia ficar ali em "silêncio" sentindo aquela áurea especial e de paz que ronda aquele lugar, se não fosse o mesmo grupo de brasileiros quem mais fizesse balbúrdia e risadinhas em um lugar em que se exige silêncio. Tanto que o próprio segurança chamou a atenção várias vezes...

Tirando a "normalidade comportamental no exterior da maioria de nossos compatriotas", a Saint Chapelle é um lugar deslumbrante. Não sei se há algum Ato de Contrição suficientemente eficaz para aqueles que vão a Paris, e não vão a esta Capela. Na dúvida, e para sua sorte, não se coloque em risco! Reserve uma manhã para passear pela região e ir à Saint Chapelle.

Ah, e só não esqueça de ter cuidado para retornar para o nível da entrada! A escadinha não é das mais espaçosas...


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