Use filtro solar!

quinta-feira, 14 de maio de 2009 às 15:09
Ir à Côte d´Azur no verão e não fazer "tchibum" no Mediterrâneo é um sacrilégio! A única resposta admissível é: "estou doente". Porque se estiver chovendo, ventando, nevando (hehehe), não importa: se você não entrou no mar, no verão, você não foi à Côte d´Azur. Como prometido no post de ontem, hoje falo de um local imperdível!

Bom, tenho que dizer antes de mais nada que Biot, uma cidadezinha francesa entre Cannes e Nice, não estava nos meus planos. Aliás, nem nunca tinha ouvido falar. Mas, no final das contas, foi simplesmente a melhor praia em que já estive em toda essa minha existência terrestre.

Tudo começou assim: saindo de Cannes, numa decepção só, fui para a estação de trem, esperar o que nos levaria para Nice. A Promenade des Anglais, em Nice (um dia falarei dela), serviria como prêmio de "consolação" pra quem se frustou com Cannes. Aí, chegou o trem. No verão, nos TGV´s com destino à Nice, dá de tudo: de vovó descolada carregando sua cadeira de praia àquele bando de adolescente indo curtir a primeira viagem sozinhos, além, claro, de rapazes e moçoilas se olhando fazendo rolar solta a paquera no vagão... Ah, sim, também há malas, mas muiiitas malas, por onde você olha e ("oops, pardon, madame!") pisa.

Chegou o trem. Embarquei. Pra quem já estava chateado e já louco para chegar em Nice o mais rápido possível, o destino parecia pregar uma peça: entrei em um trem que não fazia Cannes/Nice direto. Ele ia parando em toda e qualquer estação possível e imaginável ao longo da Côte d´Azur por mais minúscula que fossem essas estações.

Aí, maravilha, né? Já achando Cannes uma perda de tempo, dentro de um vagão que era um "vucuvucu" só, agora ainda me restava ir parando a cada 2 minutos. Aliás, o trem de sua grande velocidade não usou nada (daí vem a sigla TGV = Trem de Grande Velocidade). Mesmo porque se usasse metade de sua potência os lugarejos ficariam para trás pois não daria tempo de acelerar e frear antes de chegar... :)

Aí, após umas já três paradas, vejo uma placa na estação seguinte: Antibes. "Gente, já ouvi falar nesse local! Onde foi mesmo que eu li sobre aqui?" Aí, na indecisão entre descer ou não descer no meio daquele tanto de gente pulando pro lado de fora, aquele tanto de gente saindo, e minha agonia crescendo por causa da minha dúvida cruel, soou o sinal de fechamento das portas e...

"Ah, lembrei!! Nunca tinha lido nada sobre Antibes não. Eu me lembrei foi do Caco Antibes do humorístico global Sai de Baixo!" :)

Seguindo viagem no trem, passa uma estação e mais pessoas desceram. Um pessoal, digamos, "mais família". Chegando na outra estação, bateu uma vontade. "Ai, meu Deus! Eu vou descer! Vamos arriscar nesse local...? Será?" Abriram-se as portas, vejo uma estação de trem já idosa e... pulei fora! Cabe esclarecer: não fazia a menor ideia onde eu fui parar, que local era aquele, ou o que eu iria fazer ali. Mas pensei: "na pior das hipóteses fico aqui por perto da estação e quando o próximo trem 'para-para' passar, eu entro e vou para Nice...". Ah, claro, porque não era todo trem que passava por ali que necessariamente iria parar. Só alguns com "hora marcada".

Olhei na plaquinha: Biot. "Gostei do nome!", pensei. Atravessando a estação - o que no caso significou atravessar os trilhos - chegamos na estrada costeira. Atravessando a estrada costeira o que nossos olhos captam? Isso mesmo, a imagem retratada mais acima.


Senti-me no melhor "clima" para o já quase fim daquela minha viagem à Europa! Uma galera mais calminha, vovôs e vovós de topless (não querem que eu descreva a cena, né?), crianças, patricinhas reunidas... Um lugar, digamos, light!

Pisando na praia, surpresa: nada daquela mistura "pedra-areia-conchinhas quebradas", de Nice. Eram pedrinhas, pedrinhas mesmo! Redondinhas e coloridas: braquinhas, marrom, roxas, pretinhas, cinzas... Apesar de todos os diminutivos, não se engane: são bonitinhas, mas podem ser ordinárias. Não é tão fácil aprender a caminhar sobre elas. Mas uma vez aprendido, você pensa nas maravilhas que elas te proporcionam:

1) não vai ter aquele mundo de areia dentro da sua sunga ou do seu biquini quando você chegar no hotel para tomar um banho;
2) quando ventar, você não terá que ficar fechando o olho;
3) não vai ter nenhum "sem noção" que vai levantar e sacudir a toalha do seu lado te dando uma chuva de areia;
4) quando for embora, não terá aquela "lixa" grudada em sua perna e no seu chinelo; e
5) o melhor: quando você aprende a se deitar nas pedras é tãaaaaaaaao relaxante porque elas "fazem" massagens em suas costas.

Aí, já viram a cena, né? Deitado na praia, com o pé dentro da água, tentando descobrir quantos tons de azul aquele lugarzinho guardou no fundo de seu mar...

É Cannes, desculpe-me, mas Biot ficou na saudade...

2 comentários

  1. Chinha Says:

    AAAAi que delíciaa!!!

  2. LA | Jr Says:

    :D Verdade, Chinha... Foi uma delícia mesmo!!!

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